"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida."(C. L.)

sábado, 10 de janeiro de 2009

escrever é algo louco...

escrever é algo louco.parece uma tormenta de pensamentos conduzidos por um furacão de impulsos e desejos. às vezes penso:escrever para quê? ou melhor:por que? ou profundamente:para quem? não sei o que me conduz a colocar palavras soltas,muitas sem lógica ou razão,em um papel que se encontrava nulo.talvez esteja aí um motivo! o papel!!! o papel nulo!!! talvez não quisesse que permanecesse mais vazio,solitário,sem função alguma. o papel estava lá,esperando alguém desvirtuá-lo e tirar-lhe a pureza,a brancura,a paz,e o transformar num aglomerado de fragmentos estranhos a ele.talvez esteja aí um real motivo de escrever:um simples papel. muitos devem pensar que isso é algo absurdo e por demais digno de desprezo. outros acharão que estou em delírio insano ou que não estou saudável para com as minhas faculdades mentais. pois digo a você, leitor: não,não se trata de banalidade ou alucinação. se trata do simples fato de que não escreveríamos se não tivéssemos algo pronto para nos receber, algo virgem e intocável para podermos desconfigurá-lo. o papel em branco nos oferece tudo que precisamos: a ausência. é dessa ausência que se faz a presença, que se constrói a vida em palavras, que se desestrutura os sentimentos e se molda fragmentos. agradeço ao papel em branco,nulo ou vazio a chance de poder esboçar uns traços dos meus devaneios e perturbações...

pablo alencar

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