"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida."(C. L.)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Me esquecendo um pouco...

Me esquecendo um pouco, deixando de lado o problema Eu. É difícil por vezes ignorar o seu próprio, mas é preciso para o destravar. Parece uma energia que bloqueia qualquer reação de vida, e isso é algo que vem de dentro. A culpa é toda do interior, pois é nele que o obscuro ganha forma e atinge o fora. Nessas horas, o esquecimento é chave para o tormento, e mesmo que dure segundos, tenho uma breve sensação de liberdade quando fujo de mim. Uma fuga desenfreada, perdida, atrás de do mínimo de respiração que eu possa encontrar. O mesmo Eu que libera é o mesmo Eu que encaixa. Mas é tudo ilusão rápida, que depois traz a verdade consigo. A verdade toda inibida em mim. A possibilidade bloqueada em mim. A ausência de chaves dentro de mim. É uma alucinação mesmo ser auto-inimigo, pois é uma traição própria, legítima. Vou dispensando enquanto posso esses bloqueadores, me esquecendo vez por outra para ao menos me sentir por alguns instantes, momentos sagrados de iluminação...

pablo braz

Nenhum comentário:

Postar um comentário