"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida."(C. L.)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Foi incrivelmente mágico...

Foi incrivelmente mágico estar ao seu lado e sentir que eu e você se transfiguramos em nós. Nossa química sensitiva se dissolveu em beijos loucos e abraços protetores. Esses minutos que passamos a observar juntos o reflexo luminoso sobre o rio seco nos deixou a sensação de que somos realmente intrínsecos entre si. A noite foi se fazendo solitária enquanto nós rompíamos o seu silêncio com palavras soltas e flutuantes. Nos sentamos na grama e parecia que o mundo se limitava àquele momento único. Senti algo que não sei bem como expressar, um misto de paz e harmonia embalado com desejos energizantes de impulsividade. O amor tem dessas contraditórias impressões! Nos beijamos profundamente mas nossos olhares se desviavam para os outros, para o medo banal de sermos descobertos pela nossa aventura perigosa de se amar ocultamente. Entre segundos velozes nos deitamos na grama tomados por uma loucura infantil de brincadeiras. Hesitei por instantes aquela situação, achei preocupante me encontrar naquele modo, livre e solto. Tolice minha! Sou estúpido! Que se danem os outros!. Nossa hora chegou ao fim. Nos despedimos daquele local com a sensação de que fomos felizes naquela noite singular. Eu sei que voltaremos lá outro dia qualquer. Eu sei que aquele lugar nos espera desesperadamente. Eu sei... aahhh! Prefiro não saber...

pablo alencar

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