Resolvi passar um momento de inércia emocional para com esse meu confessionário de soluços e dramas. Não que não tenha acontecido nada que alcançasse a força de ser sentida e exposta como um corte que lateja, mas apenas precisava do silêncio forjado para a reconstrução desse corte inútil. Por isso digo que nenhuma palavra sairá desse tempo de confusão que nasceu e morreu em mim durante esses últimos meses. A única coisa de fato que caracteriza essa turbulência seria o inexplicável, o indefinido, o sentido congelado. Vou ficar com o bruto silêncio do incompreendido e com a leveza do esquecimento que consegui crescer. Sigo agora limpo e tranqüilo depois que tomei a consciência necessária que me era útil para o meu fortalecimento e coragem. Era isso que me faltava demais: coragem. E com a coragem adquiri a força, e com a força consegui a construção, e com a construção criei a identidade. Com essa pude ver certos escuros que antes desconhecia. Acendi a luz e agora corro na direção do real. Podia definir toda essa parafernália prolixa que escrevi em uma só palavra: iluminação. O que eu precisava era somente de luz. Luz, luz, luz...
pablo alencar
Nenhum comentário:
Postar um comentário