Sempre que necessário é bom se dissecar um pouco, ver cada nervo de verdade e cada músculo de interrogação que descansa sobre a nossa anatomia psicoalucinada. É quase toda de alucinação que formamos nosso auto- retrato. Por isso, esse mergulho dentro dessas viagens internas é fundamental para avaliar a tolice da qual adoramos praticar. Temos medo do cubo do reconhecimento pessoal, pois ele dói tanto que nos grudamos ao comodismo do sorriso fácil e descartável. Estou caindo de fato na realidade de que muita coisa em mim merece ser enlatada urgentemente, há lixo alegre e falso que deseja um bom depósito de vergonha e reciclagem. Os tempos de reciclagem podem demorar a surgir, mas quando se soltam vem com toda a velocidade de uma opinião sincera que quase sempre nos falta. Vou aproveitar esses segundos raros de onipotência emocional para liberar essas minhas sinceridades nuas. Nunca esqueçamos essa vontade impulsiva de tirar a roupa da ilusão e ficarmos nus diante do sexo selvagem do verdadeiro. Desculpem-me, mas agora estou indo. Há muitas peças para tirar fora. Há muita coisa para explorar no meu corpo descascado. Há pessoas me esperando para lhes revelar reticências que pulsam em mim. Aahh, essas reticências pulsantes!!!...
pablo alencar
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