mais um dia inútil.mais um dia vazio,sem sentimentos ou emoções.começou inerte,seguiu-se instável e finalizou-se na mais completa agonia.desesperei-me em alguns momentos,em outros simplesmente paralisei.fiquei a observar estagnado o esvair das horas,os segundos iam-se e eu permanecia estático dentro do meu próprio ciclo de pensamentos delirantes...
pablo alencar
"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida."(C. L.)
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
preciso dormir...
preciso dormir.preciso entrar no universo no qual me sinto livre,pois nele não penso,apenas durmo,apenas sonho,apenas morro por algumas horas para depois voltar à minha prisão de conflitos e incertezas...
pablo alencar
pablo alencar
será que é possível ser...
será que é possível ser feliz se escondendo dentro de farsas e equívocos? será que se pode viver sendo um outro,gerado pela obra das circunstâncias massacrantes e dos preconceitos ditatoriais? é terrível não poder se expressar,não poder expor a sua verdadeira existência de agir e pensar.eu sofro em muitos momentos quando me vejo forçado a agir em razão de outros,quando construo um indivíduo moldado de disfarces e de facetas hipócritas.é como se colocassem em mim uma veste de ferro bruto,me impedindo de respirar e de se mover por vontade própria. é duro ter que aguentar tamanho peso sobre a minha desconstruída arquitetura interior.às vezes penso em explodir toda essa deprimente e sofrida ilusão que envolve minha alma e sair pelo mundo feito um alucinado,expulsando toda a minha essência presa por limitações insólitas e imbecis.eu me destruo por dentro a cada vez que uma mentira me domina,a cada falsa palavra que emana dos meus lábios,a cada gesto forçadamente errado que tenho que realizar.quando me libertarei dessa corrente poderosa que aprisiona meus desejos,minhas atitudes,e rouba das minhas fracas mãos a felicidade indispensável ao meu ser,parasitando a minha liberdade louca para ser vivida?...
pablo alencar
pablo alencar
sábado, 27 de dezembro de 2008
por que ainda espero...
por que ainda espero ter-te em mim se eu mesmo me encontro solto,perdido nos meus instantâneos momentos de desespero? eu quero em você algo que em mim não sobrevive:a estabilidade.não consigo me segurar em nenhuma pedra,vou sendo guiado pelas correntezas da insanidade,do desejo imediato e inconsequente.queria ao menos que você despertasse em mim a vontade de se estabelecer,de construir algo sólido dentro do meu edifício em desconstrução.parece que estamos em paralelas opostas,em dimensões conflitantes.você não compreende a minha urgência em amar e eu não aceito o seu desligamento sentimental.começo a perceber que a nossa incompatibilidade íntima se sobrepõe ao nosso desejo de ficarmos lado a lado,encarando as nossas diferenças como um desafio altamente perigoso a nós.somos egoístas.queremos que cada um se sinta o mais bem possível,não importando a agonia massacrante do outro.penso em desistir,em jogar tudo para a prisão da insegurança.mas não posso.tenho prazer em sugar o mínimo de emoção dos sentimentos precários e desinteressados.até quando você me der essa pequena quantidade de alimento sentimental,eu irei te seguindo,acompanhando os teus desencontros e esquecimentos.até quando eu tiver uma gota de esperança,mesmo que amarga e ácida,eu sucumbirei às tuas mais estranhas atitudes de quase-amor...
pablo alencar
pablo alencar
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
OLHARES PERDIDOS
olhei para meus cabelos,tão mortos
quanto sombras perdidas no cair da noite.
olhei para meus olhos,tão tristes
que pareciam derramar sangue e desespero.
olhei para minha boca,tão cansada
de expulsar palavras inúteis e secas.
olhei para minhas mãos,tão vazias
que se fechavam no espaço do egoísmo.
olhei para meus pés,tão sofridos
de caminhar pelo abismo da solidão.
olhei para meu coração e nada consegui ver.
nada tinha dentro dele.meu Deus,
o que fizeram com o meu coração?
arrancaram-lhe os sentimentos,
extraíram de suas células todo o seu prazer,
toda a sua dor,toda a sua emoção.
olhei para minha alma.está em pedaços.
pedaços jogados na dimensão das incertezas,
na infinita corrente das ilusões e
dos sonhos escravizados.
chorei diante de tamanho caos.
o que me resta é olhar para o mar,
olhar para a lua,olhar para o vento.
o que me resta é olhar para além do
horizonte dos meus medos e desejos.
pablo alencar
quanto sombras perdidas no cair da noite.
olhei para meus olhos,tão tristes
que pareciam derramar sangue e desespero.
olhei para minha boca,tão cansada
de expulsar palavras inúteis e secas.
olhei para minhas mãos,tão vazias
que se fechavam no espaço do egoísmo.
olhei para meus pés,tão sofridos
de caminhar pelo abismo da solidão.
olhei para meu coração e nada consegui ver.
nada tinha dentro dele.meu Deus,
o que fizeram com o meu coração?
arrancaram-lhe os sentimentos,
extraíram de suas células todo o seu prazer,
toda a sua dor,toda a sua emoção.
olhei para minha alma.está em pedaços.
pedaços jogados na dimensão das incertezas,
na infinita corrente das ilusões e
dos sonhos escravizados.
chorei diante de tamanho caos.
o que me resta é olhar para o mar,
olhar para a lua,olhar para o vento.
o que me resta é olhar para além do
horizonte dos meus medos e desejos.
pablo alencar
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
o amor não é perfeito...
o amor não é perfeito,pois o amor é um sentimento humano,e sendo humano o amor tem seu lado perverso,cruel,insano.eu sei que dizem que o amor é um sentimento puro,divino e isento de qualquer mal,mas isso é pura fantasia.fantasia criada pelos homens para mascarar a multiplicidade do amor.se esse sentimento é vivido por seres humanos,como podemos defini-lo como perfeito? o amor não é só carinho,respeito e sinceridade; é loucura,desespero,mágoa,tapas e gritos.o amor é,acima de tudo,viver a emoção.emoção de qualquer espécie,de qualquer sentido.o importante no ato de amar é sentir tudo na sua mais completa totalidade de existência.é chorar o quanto se deve chorar,é gritar até o seu coração pedir,é enlouquecer a mente no seu limite,é se desesperar quando existe desespero.não se pode compactar e purificar o amor,ele precisa liberar toda a sua energia,todo o seu prazeroso e doloroso estado de vida.se você nunca sentiu raiva,nunca sentiu vontade de explodir sua fúria,nunca derramou lágrimas desesperadas,nunca gritou de dor e solidão,certamente desconhece o amor.o amor é muito mais do que um sentimento, é a projeção das virtudes e dos defeitos dos humanos na sua essência mais íntima e verdadeira de se ver...
pablo alencar
pablo alencar
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
em momentos de solidão...
em momentos de solidão encontramos a nossa face bruta,ficamos cara a cara com o mais danoso e esmagador inimigo:a intimidade particular.ela se instala no comando mental e faz emergir mazelas que antes se achavam esquecidas no vazio íntimo.eu sinto medo de estar ao seu lado,procuro evitá-la usando todos os mecanismos possíveis,mas em certas horas essa predadora silenciosa se faz vencedora em mim.não adianta lutar.só me resta abraçá-la e convidá-la a um passeio tortuoso através da minha consciência(ou subconsciência,talvez). eu sei que nesse momento em que escrevo ela lateja no meu organismo e, como numa relação de mutualismo,ela me alimenta com sua força e em troca solto-lhe algumas palavras para lhe satisfazer o prazer...
pablo alencar
pablo alencar
é difícil ver o tempo...
é difícil ver o tempo passar inútil.eu não aguento o vazio depressivo que extrapola os meus momentos.é algo que parece querer me sufocar de tanta angústia e decepção.decepção nascida de minhas próprias entranhas,vinda da incapacidade de vencer os anseios tortuantes da minha mente diminuta.estou ficando impaciente com meus próprios atos.tudo que tenho feito tem me trazido respostas frustantes e só tem me deixado mais caótico e perdido.é complicado o fato de se existir e de se buscar o seu sentido dentro dessa existência.não conheço o organismo da vida,só o que percebo à minha volta são os fantasmas da insegurança e da covardia.o nada me domina a cada segundo.é humilhante ver a vida caminhar e você ficar paralisado diante de tanta emoção a ser apreciada.muitas vezes me vejo sem reação,fico estagnado de reflexões invasivas e inferiores que ferem meu íntimo,consumindo minha energia precária mas suficiente para sobreviver.eu queria poder entrar no mais profundo abismo dos pensamentos meus e saber o que se esconde atrás da minha aparência solitária e oca.uma aparência podre e infestada pela maldição da vaidade,uma doença que me destrói a cada roupa que uso,a cada espelho que vejo,a cada pessoa que desprezo.sinto muito por mim.tenho pena do meu ser,tão fraco perante as raízes predatórias da vaidade,raízes que se multiplicam dentro de um corpo inconsciente e alienado,jogado no mundo das futilidades!...
pablo alencar
pablo alencar
às vezes penso se...
às vezes penso se sou realmente humano,se sou digno de conviver com outros indivíduos.existem momentos que eu me vejo totalmente fora dessa esfera de vida.tento encontrar aquilo que me abriga,que me faz viver e não encontro nada que possa ser meu.parece que tudo e todos estão fora do lugar,estão jogados no imenso território dos desencontros.mas na realidade quem está desnorteado sou eu,sou eu que me encontro no vácuo,solto entre anjos e demônios.será que isso que eu tenho dentro de mim é realmente vida ? ou é algo que imita a vida,algo estranho e sem lógica,algo confuso e angustiante,algo louco e indescritível? ou a vida seria todas essas definições formando uma só estrutura? respostas essas que não existem no limite da minha sobrevivência.entender o que se passa em mim é uma missão cansativa e terrivelmente complexa.essa minha complexidade é que me priva da simplicidade de viver.viver é tão simples para as pessoas simples.mas para mim viver ainda é uma incógnita,um quebra-cabeça cujas peças são irreais para serem encaixadas.necessito urgentemente decifrar esse enigma,se é que existe uma conclusão.não posso mais deixar os segundos se partirem solitários,melancólicos e opacos.preciso absorver todo o alimento que o universo me oferece.estou faminto por emoções,sentimentos,loucuras,aventuras,desejos.tenho fome de amor.tenho fome de vida...
pablo alencar
pablo alencar
A TRÁGICA ARTE DE AMAR (A OUTRA FACE DO AMOR)
amar é entrar no campo da ilusão sangrenta,
é perder a sensibilidade real e viajar no fantasioso caminho do desespero e da abstração.
amar é poder sofrer querendo estar sofrendo,
é envolver-se nas correntes da escravidão insana e tirana,
é cair num abismo repleto de lágrimas e sangue.
amar é sentir a loucura enlouquecendo os pensamentos,
é viver sugando emoções doentias,
é dar de cara com os medos e as dúvidas.
amar é abraçar-se com o inesperado e com o indefinível,
é mergulhar no mar de imperfeições e contradições,
é dormir ao lado do seu maior inimigo íntimo.
amar é poder beijar a solidão,
é se entregar aos deuses do apocalipse,
é voar no universo das perdas e danos.
amar é compartilhar as alegrias com a dor,
é dar adoração e receber submissão,
é consumir-se por dentro e degenerar-se por fora.
amar é morrer quando ainda se está em vida.
pablo alencar
é perder a sensibilidade real e viajar no fantasioso caminho do desespero e da abstração.
amar é poder sofrer querendo estar sofrendo,
é envolver-se nas correntes da escravidão insana e tirana,
é cair num abismo repleto de lágrimas e sangue.
amar é sentir a loucura enlouquecendo os pensamentos,
é viver sugando emoções doentias,
é dar de cara com os medos e as dúvidas.
amar é abraçar-se com o inesperado e com o indefinível,
é mergulhar no mar de imperfeições e contradições,
é dormir ao lado do seu maior inimigo íntimo.
amar é poder beijar a solidão,
é se entregar aos deuses do apocalipse,
é voar no universo das perdas e danos.
amar é compartilhar as alegrias com a dor,
é dar adoração e receber submissão,
é consumir-se por dentro e degenerar-se por fora.
amar é morrer quando ainda se está em vida.
pablo alencar
perdoai,Deus...
perdoai, Deus, por todos os males que causo a aqueles que pensam em me amar,aqueles que me desejam como amigo ou algo humano de convivência.cometo erros que brotam do meu egoísmo e da minha insana egocentria.não posso querer solidez nas pessoas se eu próprio sou puro líquido instável e ínsipido.meu Deus,por que será que algo em mim parece semi-morto,inútil,desprezível? se apossa das minhas veias e explode em atitudes vazias de amor...ah,se eu pudesse retornar ao estado primitivo de origem e reconstruir toda a minha desconstruída arquitetura íntima,colocando nela todos os elementos vitais que evaporaram de mim em todos esses anos...eu preciso...perdoa-me,Deus...
pablo alencar
pablo alencar
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
mais uma perda...
mais uma perda.mais uma ilusão evaporada.devia saber que o fim se revelaria abruptamente.não me surpreendo.não me sensibilizo.não possuo mais poderes para esperar verdades de outros.não posso querer amor se não tenho habitat para o seu sustento.continuarei à deriva,como sempre fui.navegarei por outros mares,repousarei em algumas ilhas,naufragarei em muitos abismos,mas não conseguirei despejar em ninguém a minha solidão...
pablo alencar
pablo alencar
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
estou cansado...
estou cansado.não sei se durmo ou escrevo.talvez sejam a mesma coisa,pois quando escrevo sinto-me no mundo dos sonhos,no pensamento sonífero da minha alma,no mais labirinto dos meus pesadelos.e quando durmo percebo que escrever é uma banalidade que tem por fim simples palavras que não alimentam e nem sustentam o organismo humano.palavras são meros jatos de vômito, que depois de expelidas não tem função alguma senão mostrar o que estava instável e desequilibrado na intimidade visceral...
pablo alencar
pablo alencar
não sei porque...
não sei porque estou a escrever palavras inúteis se sei que colocá-las em um papel não me trazem o que procuro: o encontro com o meu íntimo.talvez porque soltá-las em alguém não seria compreensível para mim, e deixá-las sem se revelar seria tornar solitária a existência desses minúsculos organismos gramaticais...
pablo alencar
pablo alencar
NÃO SOU EU
não.não sou isso que vejo.
não sou aquilo que querem.
não sou ele que se imagina e
nem aquele que se vive.
sou o que se erra,o que se deseja,o que se esconde.
não sou eu que fala,que ama,que dorme.
eu sou o outro que se procura dentro do eu
que se perde no infinito da inconstância.
esse outro que quer ser eu
e esse eu querendo ser outro.
são tantos eus e tantos outros
que de tanto se encontrar
já se formam em um par.
na verdade já nem sei
se quem escreve sou eu ou o outro
que insiste em me guiar
mesmo sabendo que eu
já não posso mais me aceitar.
pablo alencar
não sou aquilo que querem.
não sou ele que se imagina e
nem aquele que se vive.
sou o que se erra,o que se deseja,o que se esconde.
não sou eu que fala,que ama,que dorme.
eu sou o outro que se procura dentro do eu
que se perde no infinito da inconstância.
esse outro que quer ser eu
e esse eu querendo ser outro.
são tantos eus e tantos outros
que de tanto se encontrar
já se formam em um par.
na verdade já nem sei
se quem escreve sou eu ou o outro
que insiste em me guiar
mesmo sabendo que eu
já não posso mais me aceitar.
pablo alencar
DESCONFIGURAÇÃO
meu corpo cansou de tanta mutação
minha alma gritou de tanta solidão
meu coração chorou por não ter emoção
meu ser está repleto de contradição
eu já não vivo pois sou uma ilusão
sou uma loucura humana sem conclusão.
pablo alencar
minha alma gritou de tanta solidão
meu coração chorou por não ter emoção
meu ser está repleto de contradição
eu já não vivo pois sou uma ilusão
sou uma loucura humana sem conclusão.
pablo alencar
MULTIPLICIDADE
Eu sou muitos
dentro de um único.
Um único que,
por ter tantos,
não é ninguém.
Um ninguém que,
às vezes, é tudo.
Um tudo que,
quase sempre,
é o nada.
pablo alencar
dentro de um único.
Um único que,
por ter tantos,
não é ninguém.
Um ninguém que,
às vezes, é tudo.
Um tudo que,
quase sempre,
é o nada.
pablo alencar
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
ESPELHOS MEUS
Evitar espelhos tem sido uma constante em minha vida.Mas falo aqui de espelhos interiores que se exteriorizam em objetos de reflexão...
espelhos,símbolos de prazer e dor
trazem a glorificação para os narcisistas,
a depredação para os desfavorecidos e
a incerteza para os perdidos.
espelhos,meros seres inanimados
que constroem a faceta emoldurada
atenuam os traços da sensibilidade
e determinam a identidade adulterada.
espelhos,inimigos do surreal
adoradores da beleza e da vaidade
delimitam de forma nua e crua
as aberrações da delicada realidade.
espelhos,senhores das fraquezas
escravizam inconscientemente seus servos
fazem dos mais fantasiosos sonhos
os mais terríveis pesadelos.
espelhos,espelhos meus,
existe alguém mais perdido do que eu?
pablo alencar
espelhos,símbolos de prazer e dor
trazem a glorificação para os narcisistas,
a depredação para os desfavorecidos e
a incerteza para os perdidos.
espelhos,meros seres inanimados
que constroem a faceta emoldurada
atenuam os traços da sensibilidade
e determinam a identidade adulterada.
espelhos,inimigos do surreal
adoradores da beleza e da vaidade
delimitam de forma nua e crua
as aberrações da delicada realidade.
espelhos,senhores das fraquezas
escravizam inconscientemente seus servos
fazem dos mais fantasiosos sonhos
os mais terríveis pesadelos.
espelhos,espelhos meus,
existe alguém mais perdido do que eu?
pablo alencar
AMOR-HORROR
O amor diante de mim representa um horror,
uma agonia sufocante que aprisiona meus desejos.
Buscar o amor é procurar um abrigo sem ar,
um esconderijo dentro dos mais obscuros corredores da vida.
O amor exige submissão,controle,obediência,
limites,dedicação.
Enfim,amar é a forma mais humana e
corrosiva de escravizar os sentimentos,
é a maneira mais sutil de degenerar os prazeres da
liberdade.
pablo alencar
uma agonia sufocante que aprisiona meus desejos.
Buscar o amor é procurar um abrigo sem ar,
um esconderijo dentro dos mais obscuros corredores da vida.
O amor exige submissão,controle,obediência,
limites,dedicação.
Enfim,amar é a forma mais humana e
corrosiva de escravizar os sentimentos,
é a maneira mais sutil de degenerar os prazeres da
liberdade.
pablo alencar
ESTRANHO SER
perdido entre medos e desejos
me atiro no abismo do desespero
e rastejo diante de um solo frio e seco.
a angústia me domina e
a dúvida toma parte do meu ser
como se incorporasse uma
espiritualidade peculiar ao íntimo.
já não vivo a mim
e sim a um estranho ser que
apenas observa paralisado o
degradar das horas mortas e vazias.
o sofrimento perdeu-se diante
de tamanha covardia. o indefínivel
achou-se entre a vida e
a ilusão de viver.
minha alegria é uma farsa.
uma prisão de sonhos inertes numa
atmosfera de loucura.
o sorriso é apenas um preparo
para o explodir de lágrimas desesperadas.
pablo alencar
me atiro no abismo do desespero
e rastejo diante de um solo frio e seco.
a angústia me domina e
a dúvida toma parte do meu ser
como se incorporasse uma
espiritualidade peculiar ao íntimo.
já não vivo a mim
e sim a um estranho ser que
apenas observa paralisado o
degradar das horas mortas e vazias.
o sofrimento perdeu-se diante
de tamanha covardia. o indefínivel
achou-se entre a vida e
a ilusão de viver.
minha alegria é uma farsa.
uma prisão de sonhos inertes numa
atmosfera de loucura.
o sorriso é apenas um preparo
para o explodir de lágrimas desesperadas.
pablo alencar
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
ALGOS E OUTROS
Algo em mim grita e se espanta
Outro algo chora e se desfalece
Algo em mim se glorifica e se eterniza
Outro algo se afoga e se entristece
Algo em mim é belo e mágico
Outro algo é monstruoso e trágico
Algo em mim é puro mistério
Outro algo é simplesmente tédio
Algo em mim é infinito e inacessível
Outro algo é codificadamente indefinível
Por que tantos algos e tantos outros?
Se necessito apenas de um
Talvez porque eu verdadeiramente seja
A multiplicidade de um ser nenhum.
pablo alencar
Outro algo chora e se desfalece
Algo em mim se glorifica e se eterniza
Outro algo se afoga e se entristece
Algo em mim é belo e mágico
Outro algo é monstruoso e trágico
Algo em mim é puro mistério
Outro algo é simplesmente tédio
Algo em mim é infinito e inacessível
Outro algo é codificadamente indefinível
Por que tantos algos e tantos outros?
Se necessito apenas de um
Talvez porque eu verdadeiramente seja
A multiplicidade de um ser nenhum.
pablo alencar
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