em momentos de solidão encontramos a nossa face bruta,ficamos cara a cara com o mais danoso e esmagador inimigo:a intimidade particular.ela se instala no comando mental e faz emergir mazelas que antes se achavam esquecidas no vazio íntimo.eu sinto medo de estar ao seu lado,procuro evitá-la usando todos os mecanismos possíveis,mas em certas horas essa predadora silenciosa se faz vencedora em mim.não adianta lutar.só me resta abraçá-la e convidá-la a um passeio tortuoso através da minha consciência(ou subconsciência,talvez). eu sei que nesse momento em que escrevo ela lateja no meu organismo e, como numa relação de mutualismo,ela me alimenta com sua força e em troca solto-lhe algumas palavras para lhe satisfazer o prazer...
pablo alencar
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