sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Paralisei indesejavelmente...
pablo alencar
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Depois de vácuos intervalos...
pablo alencar
sábado, 18 de julho de 2009
É com lágrimas nos olhos...
pablo alencar
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Ficarei aqui guardado...
Ficarei aqui guardado no meu quarto esperando a chuva se calar. Desejaria poder voar longe e destemido na direção contrária ao vento. Ter a sensação que sou livre e que posso chegar até onde você não me alcance. O som das gotas caindo me desespera por que sei que quanto mais elas se perpetuarem menos chances terei eu de desaparecer. Por que esse clima roubou de mim um dos raros momentos em que sou ar, em que saio da cápsula terra e viajo por horas na velocidade dos meus instantes fugazes? Esse meu quarto me observa desalentado como se soubesse que estou crescendo nele agora por que perdi o meu momento de escape. Adoro este veículo de duas rodas, aberto ao ambiente, simples e veloz. Preciso dessa velocidade ciclística para me deter. Me deter do tédio de não ter elaborado nada de divino nesse dia de inferno branco. Sempre tenho dias de inferno branco. É uma constante em meu ciclo cronológico. Porém, em alguns desses dias eu ainda consigo, no cair da noite, tocar algo de espiritual e compensar essa infernalidade. Mas hoje parece que não. Tudo indica que permanecerei fixo no meu congelamento imposto por essas malditas águas. Águas do equívoco que insistem em reter minha liberdade de deslizar entre pistas e pessoas. Nem ao menos pude vê-lo hoje. Terei que me acostumar também com certos egocentrismos dele, instantes particulares que correspondem unicamente a ele e não a nós. Infelizmente, hoje nem eu mesmo pude me perceber, quanto mais os outros. Nem mesmo eu pude me convidar a escapar...
pablo alencar
terça-feira, 30 de junho de 2009
Começo a perceber...
Começo a perceber nossos desvios de uma outra perspectiva. Acabei sentindo que para mim isso não é realmente terrível, não há nada de maligno em nossa terceira parede. Pensamentos meus me conduzem a uma epifania singular: você é o que eu esperava desde antes, você é o propensor de algo que preciso, ou melhor, desejo ferozmente: me explodir, me desenterrar, me desequilibrar. Você é a fera que fará meu sonâmbulo despertar. Analisando as golpeadas que sofro ao seu combate, vejo que é necessário derramar sangue para te alimentar. A entrada sua em minha vida é perturbadora, mas é viva. Ao seu lado percebo o quanto necessito ser real, o quanto de energia impulsiva eu preciso. É isso, as suas diferenças são para mim um labirinto de libertação, seus gritos de alma são o despertador da minha paralisação. Agradeço a ti por me dar a possibilidade de saber o que é pulsante e atingível dentro desse meu mundo medíocre, dessa minha inércia medíocre, dessas minhas atitudes medíocres. Não quero mais essa fantasia banal que articulo, quero ser o ator do meu próprio espetáculo e você fará o papel de diretor nessa nova peça que desejo encenar. Te amo por você me cortar e me ferver, te amo por você me dissecar, te amo por você me dar os olhos nervosos que faltavam na minha patética calma imbecilmente cega...
pablo alencar
Entre sonhos e sentimentos...
Entre sonhos e sentimentos, eu simplesmente te amo. A cada hora ao seu lado eu perco a minha metade solidão e ressuscito a minha metade emoção. Meus olhos perdidos se encontram na sua confusão e sou levado ao mundo da loucura passional. Eu sei que seus sonhos podem estar inversamente moldados fora do espelho de nós, mas a imagem sua sempre será a mais bela entre as mais impossíveis. Não consigo imaginar meu corpo sem se alimentar das suas mãos, do seu desejo de me prender em suas posses. Ao te beijar eu caio em algo etéreo, é como se você me aniquilasse qualquer limite real e me fizesse descer ao seu lugar, ao seu sentido interno. Parece um pouco perdição esse sentimento, mas talvez seja realmente isso o que quero. Quero me perder em você e te encontrar em nós. Quero simplesmente me amar te amando...
( para J.)
pablo alencar
terça-feira, 16 de junho de 2009
Vinho e perfeição...
Vinho e perfeição, a contradição incomum que se dissolveu em mim. Naquela noite pude sentir o quanto esse líquido sensível me consumiu, me desarmou e me fez expulsar ebulições internas que estavam por se evaporar na minha inconsciência. A primeira taça foi terrivelmente amarga, a segunda foi levemente agressiva, mas a terceira foi excitante, delirante, envolvente. A partir daí, pude perceber a delicadeza dessa bebida doce e discreta, que me conduziu ao estado de flutuação insustentável. A sensação de leveza era de tal força que constatei que, por momentos, eu não estava lá, eu não mais existia naquele apartamento envolto por nuvens de fantasia. Naqueles segundos posteriores, a doçura do vinho se reverteu em um vinagre de angústias e pude experimentar o verdadeiro sabor desse líquido, o sabor da fraqueza emocional, da crueldade do monstro mental. Entre vômitos libertários e lágrimas irracionais, ele estava junto a mim, ouvindo meus delírios e incertezas. Ele estava observando toda a minha delicada estrutura íntima que se encontrava em estado de perfuração, ele viu diante dele alguém desabando em si. Mesmo assim, ele permaneceu comigo e me consertou por alguns instantes, ele limpou com paciência todo o meu lixo orgânico despejado no assoalho da sala e me envolveu com toda a leveza que o vinho não me proporcionou. Realmente, a “perfeição” nunca pode degustar uma gota sequer dessa suave e dissimulada delícia dos homens...
pablo alencar
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Foi incrivelmente mágico...
Foi incrivelmente mágico estar ao seu lado e sentir que eu e você se transfiguramos em nós. Nossa química sensitiva se dissolveu em beijos loucos e abraços protetores. Esses minutos que passamos a observar juntos o reflexo luminoso sobre o rio seco nos deixou a sensação de que somos realmente intrínsecos entre si. A noite foi se fazendo solitária enquanto nós rompíamos o seu silêncio com palavras soltas e flutuantes. Nos sentamos na grama e parecia que o mundo se limitava àquele momento único. Senti algo que não sei bem como expressar, um misto de paz e harmonia embalado com desejos energizantes de impulsividade. O amor tem dessas contraditórias impressões! Nos beijamos profundamente mas nossos olhares se desviavam para os outros, para o medo banal de sermos descobertos pela nossa aventura perigosa de se amar ocultamente. Entre segundos velozes nos deitamos na grama tomados por uma loucura infantil de brincadeiras. Hesitei por instantes aquela situação, achei preocupante me encontrar naquele modo, livre e solto. Tolice minha! Sou estúpido! Que se danem os outros!. Nossa hora chegou ao fim. Nos despedimos daquele local com a sensação de que fomos felizes naquela noite singular. Eu sei que voltaremos lá outro dia qualquer. Eu sei que aquele lugar nos espera desesperadamente. Eu sei... aahhh! Prefiro não saber...
pablo alencar
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Queria me despir...
Queria me despir dessa embalagem embriagada de artificialidades e mergulhar com coragem dentro da minha consciência e extrair as minhas possíveis verdades de vida. Algo me sussurra que meu corpo rejeita essa caricatura implacável que realmente só existe no limiar do meu desespero. É cansativo suportar uma arquitetura externa de rotulações e definições. Eu não sou o que se exterioriza para o universo dos outros, eu sou aquilo que se define quando se consegue ultrapassar a estrutura virtual e entrar dentro do meu círculo pessoal, quando se aprofundam em mim é que se pode saber o que eu sinto de fato, o que eu necessito de todos e o que necessitam de mim para se construir uma intrincada relação. Não sou difícil de ser desfragmentado, basta apenas a sensibilidade viva do contato desmistificado. A desmistificação é o segredo maior para a afinidade, a quebra de obstáculos imaginários permite a construção da real amizade. A minha fragilidade inerente facilmente permitirá a entrada de estranhos dentro do meu habitat desabitado por mim. Não sou nenhuma fortaleza petrificada de empecilhos, sou o que há de mais penetrável e mastigável no terreno da absorção sentimental. Sou simples de se ter, basta apenas a complexidade de querer me compreender...
pablo alencar
sexta-feira, 15 de maio de 2009
O avesso de nós...
( para J. )
pablo alencar
sábado, 2 de maio de 2009
A estranheza se revelou...
pablo alencar
sábado, 25 de abril de 2009
O GRANDE ABISMO...
( para J. )
pablo alencar
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Alguma força me reconduziu...
pablo alencar
sábado, 10 de janeiro de 2009
somos imparalelos...
pablo alencar
escrever é algo louco...
pablo alencar
domingo, 4 de janeiro de 2009
a noite me fascina...
pablo alencar
estou preparado para o ...
pablo alencar